terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Wokshop W3i: Investigar na Era Digital

O evento W3i – investigação, inovação, interação – dedicado ao tema Investigar na Era Digital, insere-se no decorrer do curso de mestrado em Pedagogia do E-learning (MPEL), da Universidade Aberta, onde os alunos de doutoramento em Educação, especialidade de Educação à Distância ficaram incumbidos de realizar a descrição ou reportagem de um dos workshops e seu orador/oradores. 

O evento realizou-se a 22 de dezembro de 2012, com um horário previsto entre as 10:00 e as 17:00, no salão nobre do Palácio de Ceia, Lisboa. A produção do mesmo coube ao MPEL e ao Laboratório de Ensino à Distância (LE@D), da Universidade Aberta. O programa encontra-se disponível online, no site do LE@D, Uab, no endereço eletrónico: http://lead.uab.pt/wp-content/uploads/2012/12/Programa_W3i_lead_mpel1.pdf

Para a atividade proposta relativa à escolha de um autor, foi por mim escolhido o workshop a cargo de Patrícia Fidalgo, PhD, com a temática de Análise de Redes Sociais (ARS). Com um horário compreendido entre as 10:15 e as 11:15, o mesmo sofreu um atraso de cerca de 15 minutos.

O acompanhamento deste workshop foi feito presencialmente, no Salão Nobre, do Palácio de Ceia, em Lisboa, sede da Universidade Aberta.  

O Salão Nobre do Palácio de Ceia encontrava-se com cerca de metade da sua lotação, onde foi passível de identificar alunos de doutoramento em Educação (especialidade de Educação à Distância), alunos do mestrado em Pedagogia do Elearning e os oradores do evento. O ambiente revelava uma convivência própria de quem já se conhece.

A informação sobre este evento, é passível de ser visualizado em vários espaços virtuais, como seja no blogue do mestrado em Pedagogia do Elearning (http://mpel.wordpress.com/2012/12/23/workshop-w3i-investigar-na-era-digital/), no LE@D (http://lead.uab.pt/), no Vimeo (http://vimeo.com/leaduab), no Scribd (http://pt.scribd.com/LEaDUAb), mas também no Facebook e Twitter. Os slides da apresentação do workshop a que este trabalho se destina encontra-se no SlideShare (visualização da apresentação mais à frente).

Antes do evento, foi realizada uma pesquisa rápida online no sentido de obter informação sobre a oradora Patrícia Fidalgo. Em linhas gerais pode-se destacar: Patrícia Fidalgo apresenta uma formação de base em Comunicação Social, tendo recentemente defendido a sua tese de doutoramento, em Ciências da Educação, com a linha de investigação em Análise de Redes Sociais, apresentado à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, com o título “Learning Netwoks and Moodle Use in Online Courses: A Social Network Analysis Study”.  (http://www.fct.unl.pt/eventos/2012/11/provas-de-doutoramento-em-ciencias-da-educacao-patricia-seferlis-pereira-fidalgo). A nível profissional é docente no Instituto Piaget de Almada, estando mais informação, apesar de já não se encontrar atualizada, na página oficial do Instituto Piaget, na Unidade de Investigação em Educação e Tecnologias Educativas. (http://investigacao.ipiaget.org/edutec/detalhe_investigador.asp?ID=135). 


No I TicEduca, de 19 a 20 de novembro de 2010, Patrícia Fidalgo em parceria com João Correia de Freitas, apresenta resultados preliminares do seu estudo, na altura ainda em curso, para a obtenção do seu grau de doutor, com o título"Análise de Redes Sociais em Learning Management Systems: um estudo exploratório". O artigo da comunicação facilmente encontrado na Web, através por exemplo, do site de Paulo Simões:


Para quem queira conhecer mais esta docente e investigadora poderá, para além dos links já fornecidos, encontrá-la no Twitter, no Google+, Linkedin e Facebook.

O workshop sobre Análise de Redes Sociais visou fundamentalmente a explanação de 4 parâmetros: 1) O que é a Análise de Redes Sociais; 2) Principais elementos da ARS; 3) Principais medidas de ARS; 4) Hands on – Softwares e análises. 




Nos principais elementos da ARS, a rede que mais prendou a minha atenção foi a Rede Egocêntrica em detrimento da Rede Total, devido à primeira ser o estudo de um ator e todas as conexões que o envolvem. Se este mesmo ator for uma pessoa rica quer a nível pessoal, quer a nível de contacto com outros, os resultados poderão ser muito interessantes e motivadores para a progressão do estudo.

Com uma facilidade de oralidade e apresentação ao público cativante, Patrícia Fidalgo conduziu o seu workshop de forma envolvente, captando a atenção dos presentes. Apresentou cuidado na linguagem própria dos meandros das análises de redes sociais, ajustando-a ao seu público-alvo, potenciando uma integração de conceitos e conhecimentos. Teve ainda uma capacidade de síntese notável, não se tendo perdido nem dispersado no meio da informação toda que possui na área das ARS.

Aliando as suas experiências de formação e docência ao pano de fundo da Comunicação Social, o envolvimento com o público vem envolto de uma atenção peculiar de como chegar até ele. A disponibilidade que demonstrou revelou um à vontade e proximidade confortante.

A questão colocada em que se baseava nas possíveis características que um investigador qualitativo deva ter, ou não, quando o comparamos por exemplo, com um investigador quantitativo poderá não ter tido os resultados esperados. Patrícia Fidalgo acredita que não há características específicas de um investigador qualitativo, para além da curiosidade no tema. Devido à questão ser paralela à sua apresentação, teria sido positivo se de antemão a oradora tivesse tido acesso à pergunta. 

Durante o workshop, foram captadas algumas fotografias, quer da plateia, quer dos oradores. A fotografia que se segue é do colega Nuno Ricardo Oliveira que gentilmente a partilhou na sua página de Facebook. Da esquerda para a direita, Profª doutora Lina Morgado, docente da cadeira de Ambientes Emergentes (Doutoramento em Educação) e a oradora Profª doutora Patrícia Fidalgo.


O meu agradecimento à colega Angelina Costa que me enviou uma fotografia minha aquando da apresentação da questão à oradora Patrícia Fidalgo. Por questões pessoais ela não é aqui colocada.

Fica por abordar o workshop sobre o Mendeley, que apesar de não ter tido oportunidade de acompanhar, visualizei o material fornecido pelos oradores no Slideshare. A ferramenta transmitiu-me uma ideia de utilidade tal que será em breve, uma dedicação pessoal de exploração da mesma. A correr de forma positiva, é potencial integradora do meu PLE.

4 comentários:

  1. Olá Cláudia,

    Parabéns pela reportagem!

    Gostaria de salientar ainda mais um momento bastante útil da apresentação da Profª. Patrícia Fidalgo, que tem a ver com os softwares utilizados para recolha de dados nas redes sociais, como são o Ucinet, o Gephi e o SNAPP.

    NRO

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  2. Olá Nuno,

    Eu confesso que tive dificuldades em salientar algo desta apresentação, pois a estruturação estava tão bem feita que cada peça só faz sentido com as restantes. É um todo e contínuo desfilar parecendo-se com o primeiro item que selecionamos numa escala de Guttman.

    Optei por realçar a rede egocêntrica, porque tive um momento, durante a apresentação, em que consegui construir mentalmente um estudo com ela.

    CG

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  3. Viva Cláudia,

    Esta apresentação também me despertou o interesse e, como não consegui testar o SNAPP no momento em que foi apresentado, acabei por o experimentar em casa sobre foruns do Moodle dum curso online que eu estava a acompanhar. Aliás, acabei por colocar um post no meu blog sobre as imagens obtidas desta minha experiência.

    Estas visualizações são sempre curiosas, mas como as minhas experiências tiveram um corpus de informação muito reduzido, o impacto é diminuto.

    O mesmo aconteceu anteriormente com a utilização do NVivo.

    Mas acredito que a utilização destas ferramentas de análise de dados em corpus de informação vastos contribuam para resultados favoráves para uma investigação mais ampla.

    Penso que o relato que faz é claro e, para alguém que não tenha estado presente, fica com a informação do que se passou.

    Ida:-)

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  4. Olá Ida,

    Bom vê-la por aqui.

    O comportamento e sua análise sempre foi uma temática que mais do que me interessar, está colada a mim. A minha formação de base ajudou a catalogar, mas desde sempre que me interessou o tema dos comportamentos, e outras características diretamente associadas como personalidade e caráter.

    A minha preferência, e daí a minha escolha na rede egocêntrica, recai sobre sujeitos que não se encontram nos parâmetros de normalidade, daí a riqueza de informação que se pode extrair.

    Quanto ao número para estudo de rede, não partilho da ideia "quantos mais, melhor". Repare, se tiver uma amostra de 200 mas se eles não partilharem muita informação, ou se quem analisa não souber trabalhar com os dados recolhidos, ou se não conseguir retirar pressupostos que levem a discussão,insight, construção de novos pensamentos, de nada lhe valerá o número da amostra. Se ao invés, tiver uma amostra de 5, mas conseguir estudar cada relação, se esta for rica em informação partilhada, se conseguir conceber hipóteses, levá-las para a rede, antecipar comportamentos e prevê-los no futuro, terá informação potencialmente útil.

    A minha ideia quando descrevi o evento, não era falar dos slides da apresentação. Mais porque não tinha necessidade - os slides da Profª Fidalgo não carecem de explicações, nem adendas - do que por outro motivo. Como tudo está online, desde os slides, a informação profissional da oradora, optei por fornecer algo que não encontrariam virtualmente: a minha perceção de comportamento da oradora.

    Como nota, foi um comportamento munido de simplicidade e atenção.

    CG

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